Nasci em Brasília, cresci em uma das maiores cidades-satélite do DF, a Ceilândia.
No ano de 2008, Tive o intuito de oferecer-me à Adm, de Brasília e pedir,
que deixassem eu integrar o grupo que representaria a RESPOSTA, da Defesa Civil de Brasília, às vítimas da Tragédia das Fortes Chuvas, que arrasaram Santa Catarina, no Vale do Itajaí.
Com muita humildade e certeza naquilo que estava por realizar, acordava, ainda de madrugada, e me dirigia para a subsecretaria de Defesa Civil de Ceilândia. De lá, passávamos pegando todos os colaboradores que iriam trabalhar no grande Centro de Triagem de Donativos para SC, que ficava no Setor Policial Urbano.
Junto à Professora Edna e ao Coronel Ribeiro, era um dos primeiros a chegar no local e sempre o último a sair.
Fiz isso por toda uma semana e consegui, por meus esforços, integrar a equipe que, representou Brasília em Santa Catarina.
As carretas, que saíram de Brasília, não transportavam donativos, roupas usadas, galões de água, ou comida: Elas transportavam todo o carinho, toda a solidariedade e toda a esperança que os brasilienses, de todos os pontos, ofertavam.
Lá chegando, a cena que vi, logo de cara, já modificou tudo o que eu tinha como referência para CAOS: em meio a uma garoa. havia uma multidão de pessoas desesperadas, crianças chorando, muita gente na fila esperando a sua vez para receber comida, pessoas querendo saber se tínhamos notícias dos desaparecidos e muitos, muitos militares para todos os lados que se olhava.
Foi neste cenário que eu conheci, pela primeira vez, o serviço de ajuda humanitária. Serviço este que, sem eu saber, mudaria a minha vida, completamente.
Estávamos no município mais afetado: ILHOTA.
Foi nele que conheci os Bombeiros Voluntários que, em Santa Catarina, são a organização de resposta à emergências médicas e rodoviárias mais eficaz que existe, tendo em vista seu contingente operacional, muito bem treinado, e que possuem o diferencial de trabalhar por convicção à causa.
Com eles, participei de missões de busca e resgate, sempre ajudando com o pouco conhecimento que eu tinha, afinal, o que eu poderia fazer?
Deste momento em diante, eu decidi que iria me especializar e comecei: nas horas vagas, no horário de descanso, à noite, sempre arranjava um tempo para estudar mais a respeito de emergências e atendimento pré-hospitalar, além de aprimorar o pouco que eu já sabia de técnicas verticais com cordas.
O resultado disso foi que, a cada dia, eu era impelido a ficar mais e mais; o que era para ser uma missão de dez, doze dias no máximo, foi estendendo-se, estendendo-se e, somente na região do Complexo Baú, eu fiquei por 56 seis longos dias.
A cada dia, aprendo mais, aperfeiçoando-me mais.
Foi dessa maneira, hora em campo, hora no comando remoto e hora nas aeronaves de repatriamento, que eu auxiliei a encontrar 22 corpos soterrados sob os escombros do Complexo do Baú.
E, ao terminar a missão, mesmo com uma criança de onze meses ainda desaparecida, que ao visitar uma corporação de Bombeiros Voluntários, decidi que os dois meses ficariam ainda maiores, pois eu queria aprender a evitar que vidas fossem perdidas por falta de preparo.
De uma pessoa CRUA, em 2008, capacitei-me em 2009.
Participei dos resgates na região do Rio de janeiro, em 2010, incluindo Niterói, no episódio do Morro do Bumba, Prazeres e nº416, nestes episódios com mais 07 Corpos resgatados pelos grupos de ajuda Múltipla, militar/Defesa Civil, aos quais eu compunha.
Mais 07 corpos encontrados com a ajuda de tantos anônimos, bombeiros e militares da Força nacional de Segurança. Fiquei feliz por saber que, estas equipes também puderam contar com a minha ajuda, com meu esforço, meus braços e minha dedicação.
Em agosto 2010, aconteceu o segundo grande evento que iria sacudir a minha vida, novamente:
O mundo divulga que a NASA iria ajudar os Mineiros soterrados no Chile, usando a sua tecnologia e seus profissionais para resgata-los de volta e com segurança.
Quem melhor que a NASA para trabalhar com resgate e com tecnologia? Mas a missão levaria muito tempo: ANUNCIARAM QUE CONSEGUIRIAM FAZE-LO EM SETE MESES. Em meu íntimo eu torcia para que desse certo, mas sete meses é muito tempo.
Foi em Outubro que o Túnel ficou pronto, contrariando até mesmo as estatísticas próprias, eles fizeram em menos tempo e conseguiram o êxito total.
E assim, saí em busca dessa NASA misteriosa que salvara a vida de pessoas tão simples.
Um dia, na net, encontrei a NASA DART (Disaster Assistance and Rescue Team) e eu achei por bem saber mais a respeito.
Ao ler seu site, com muita dificuldade pois estava todo em inglês, percebi que a NASA não só trabalhava com tecnologias para fora do Planeta, como também, investia em tecnologias para DENTRO, para necessidades comuns à todas as pessoas, que é a parte de segurança pública em resgate e treinamentos. E faziam isso há quase três décadas!
Então, numa atitude precipitada e completamente desprovida de verdadeiras esperanças, enviei-lhes um e-mail que, para a minha surpresa, foi respondido em menos de 24 horas.
Estava iniciada a próxima etapa de minha vida: eu iria estudar na NASA.
Mas muita foi a negociação e a apresentação de dados convincentes para que eu pudesse comprovar, através de meus esforços, que eu estava à altura de fazer um curso em mesmas condições que os melhores especialistas do mundo.
E foi assim que, em janeiro de 2011 ocorreu algo terrível:
A região serrana do Rio de Janeiro foi golpeada com toda força por uma unundação, vinda do céu, e que desfigurou algumas cidades por completo.
Os desaparecidos passavam de MIL PESSOAS e o contingente de bombeiros militares não seria o suficiente para dar conta de varrer toda a área atingida.
Dezenas de resgatistas de todo o Brasil mobilizaram-se em auxílio ao Rio de Janeiro, dentre eles, eu, que já estava guardando dinheiro para viajar aos EUA.
Toda a economia, já guardada, acrescida de pouco mais de seis meses de trabalho, também somada ao salário do mês e a ajuda voluntária de tantos anônimos, capacitaram-me a ir em ajuda ao Rio.
Lá, na primeira semana de atividade, pude ajudar de forma tão significativa as equipes militares em Petrópolis que, o alto comando do CBM responsável por Petrópolis, autorizou, que a primeira aeronave de resgate que fosse em direção de Teresópolis levasse consigo à mim e a meus equipamentos que, somente lá, ajudaram a resgatar 17 corpos.
Em Teresópolis, encontramos mais 04, somando um total de 21 corpos resgatados na Região Serrana do Rio, com a minha ajuda direta.
Tais dados, somados a todos os demais que foram repassados à minha negociação com a NASA, me conferiram, de vez, a certeza de que seria aprovado na seleção que iria integrar a classe de 2012 do curso DART.
Mas houve tantos contratempos, após isso, tanta dificuldade no consulado americano, em SP, que eu cheguei a pensar que tudo estaria perdido.
Tentei novamente.
Dessa vez, fui à Brasília implorar pelo meu visto.
Apelei à todas as instituições relevantes que me conseguissem algum tipo de RECOMENDAÇÃO POR BOA CONDUTA, para que eu pudesse ter algum tipo de documento que comprovasse a minha boa fé ante a única coisa que eu solicitava: aprender melhores técnicas de Prevenção e Preparação e Resposta à Desastres, para evitar que pessoas, de bem, morressem como consequência por não estarem prontas para estas situações.
Todos os documentos preparados, todas as possibilidades de réplica em mãos. Ainda assim, o medo de ver toda a luta perder-se, era grande.
A entrevista veio, as perguntas foram feitas, a língua, testada, por onze minutos.
O veredito: "seu visto foi aprovado" soou, aos meus ouvidos, como a sentença que me libertava de tudo aquilo que negava minha missão.
Isso se deu no dia 01 de fevereiro, deste ano.
Agora eu posso dizer, que sonhos, não são somente sonhos.
Podem ser nossa realidade. Podem ser reais, não somente em nossas vidas, mas nossos sonhos podem ser reais na vida de muitas outras pessoas.
Só precisamos é aprender que NADA vem de forma fácil e que, para que concretizemos nossos sonhos, mesmo sendo negados, mesmo sendo tolhidos, devemos acreditar e continuar sonhando, haja o que houver, venha o que vier.
É por este motivo,
para poder ser uma das ferramentas que MUDARÁ a forma como, o Brasil, lida com Desastres.
Por isso,
eu peço a ajuda de todos vocês.
Através da equipe da NASA AMES RESEARCH, com a equipe DART (Disaster Assistance and Rescue Team)
Serei treinado pela equipe de profissionais responsáveis pelo RESGATE DOS MINEIROS DO CHILE.
Só lembrandro, o Tenente Coronel da Força Aérea Brasileira, Marcos Pontes, o primeiro brasileiro a ser enviado ao espaço, não conta, pois a NASA apenas o preparou para isto. Nada mais! (risos)
Meus amigos, a questão é que eu farei uma série de CINCO capacitações para tornar-me o brasileiro MAIS QUALIFICADO em Resposta à Situações de Catástrofes.
Atualmente, um profissional com esta qualificação, com a insígnia de INSTRUTOR em Resposta à Desastres, JÁ deveria existir aqui, no Brasil.
Mas, pasmem,
Não há ninguém especializado nesta área.
O que existe aqui são apenas alguns profissionais treinados mas que, NÃO POSSUEM a titulação necessária para formar equipes homologadas internacionalmente, ou seja,
ninguém é realmente habilitado,
no Brasil,
para emitir certificados que sejam reconhecidos como válidos, de fato.
E minhas capacitações não param por aí:
Além dessas capacitações pela NASA, eu ainda farei mais uma série de quatro certificações no Texas, no que é a maior escola de preparação de profissionais em resgate do mundo, a TEEX ( www.teex.com ).
Dessa forma, Nesta Universidade do Texas, após esta sequência de cursos, serei certificado como INSTRUTOR.
Haverá, também, mais TRÊS ESTÁGIOS IMPORTANTÍSSIMOS que farei:
-O primeiro será em Miami/Flórida, onde farei residência com a Equipe que qualifica o grau do instrutor, para que ele possa ter o aval que lhe dará direito ou não de emitir certificados internacionais.
O segundo e o terceiro serão em Nova Iorque, com a Corporação de Bombeiros Engine 7 - Ladder 1.
Esta equipe esteve incumbida de COORDENAR TODA A MISSÃO DO 11 de Setembro de 2001.
Fui convidado diretamente pelo próprio Chefe da Corporação, o Sr. Gregory Pfeifer, que foi o Chefe-Maior das operações do 11 de Setembro.
O Sr. Pfeifer convidou-me para participar de eventos importantes, destinado apenas à Alta-Chefia do corpo de bombeiros americana, além de ser seu residente, para realizar plantões com eles.
Como prova de minha boa fé enviarei, se assim alguém quiser ver,
toda a negociação que me levou a tudo isso; à todos estes cursos e oportunidades.
Como lhes disse,
minha missão é,
assim que retornar ao Brasil,
MULTIPLICAR estes conhecimentos por todo território brasileiro,
para que assim,
eu possa ser parte do processo que REDEFINIRÁ a forma como tratamos prevenção, preparação e resposta à desastres.
Dessa forma, irei à todos os municípios que forem Vulneráveis à tragédias e, assim, capacitarei grupos de socorristas (bombeiros, Defesa Civil, SAMU, Policiais Militares, Guarda Municipal) para que trabalhem de forma a EVITAR que danos sejam causados e que, VIDA HUMANAS, sejam perdidas.
MAS
para que tudo isso seja, de fato, concretizado,
ainda me falta uma pequena quantia que, para uma única pessoa, É MUITO.
Mas que, para um grupo de pessoas concordantes com o resultado que virá, proveniente desta missão,
não será impossível ou ao menos, amenizado.
No evento do Rio, somente em QUATRO DIAS, conseguimos arrecadar, de 10 em 10 reais,
(de pessoas que acreditaram que REALMENTE, alguém iria àquela região
e iria fazer a diferença mesmo,) Consegui o equivalente a 2.600,00 reais.
Meus atos comprovam que eu nunca usei mal o dinheiro confiado à mim.
Eu quero fazer MELHOR do que sempre fiz: ao invés de ir até as tragédias, com todas essa capacitação, poderemos, até mesmo,
PREVENIR para que nada disso precise de acontecer.
Como CONTRAPARTIDA, eu faço parte de uma OSCIP a qual pode, muito bem, auxiliar neste processo, uma vez que ela destina-se exclusivamente à resgate e que, em seus 14 anos de vida, conquistou um renome enorme, na área de resgate.
Seu nome, é FORÇA TAREFA BRASILEIRA, FTB. E como se não bastasse, ela firmou um acordo com a Cruz Vermelha, no Brasil, para ser seu Braço operacional, tendo em vista que a Cruz Vermelha destinava-se, até então, para ajuda humanitária em atuação médica.
Através desta OSCIP, poderemos, por exemplo, dispor da quantia destinada ao IMPOSTO DE RENDA, que toda empresa/ Instituição deve pagar.
Portanto, o dinheiro que, já seria gasto com este pagamento ao Imposto de Renda poderia, ser utilizado para auxiliar, em alguma parte, este valor, ainda pendente.
A Empresa ainda poderia ter como divulgação, na mídia, a sua imagem e acredite, já começaram as entrevistas, vindo gente até mesmo de Brasília, da Voz do Brasil, que é um veículo de Mídia excelentíssimo, além de algumas revistas importantes que, souberam da notícia e que, já iniciaram o contato comigo.
Para finalizar, Amigos,
vocês me conhece.
Conhecem meu trabalho.
Conhecem minha índole.
Sabem que eu sou uma pessoa dedicada à esta causa.
Eu sou capaz de voltar com todo este aprendizado e revolucionar a forma como tratam o resgate, no Brasil.
Sabem que eu tenho potencial para isto.
Pensem em quantas pessoas, de bem, terão suas vidas asseguradas por tudo isso, que ora faço.
Estou aqui, pedindo a sua ajuda, da forma como vocês puderem ajudar.
Por gentileza,
conversem com as pessoas certas que, vocês sabem que podem me ajudar.
Repassem esta notícia para os seus amigos, para suas listas pessoais.
Eu não sou o ser humano mais exemplar que existe,
mas você já me viu em campo.
Já viu que eu trabalho com dedicação e com amor.
Sabe que tudo isso terá retorno para mais pessoas do que podemos imaginar.
Me ajudem a construir esta realidade.
Se não der certo, tudo bem, nós tentamos.
Mas
e se der?
E se conseguirmos a quantia que falta para que eu vá aos EUA e volte como o maior especialista em Resgate que o Brasil já teve?
Eu só quero poder ajudar mais pessoas.
Obrigado, à todos.
Fiquem bem.
Pensem com sua razão, mas lembre-se de que, seu coração sempre foi generoso.
Um forte abraço à você e à todos nossos amigos.
Cefas Querois.
Minha viagem ocorrerá no dia 16 de Abril de 2012.